Criança volta de creche com
fezes amarradas em mochila

Uma confusão envolvendo uma funcionária de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) de Montes Claros, no Norte de Minas, virou caso de polícia e viralizou nas redes sociais depois que uma mãe denunciou, nessa quarta-feira (24), que o filho dela, de apenas 3 anos, voltou da creche com fezes dentro de uma sacola amarrada na mochila. A situação teria sido provocada pela auxiliar de sala em que o aluno fica.

"Meu filho entrou na Cemei Doutor Mário Ribeiro neste ano. Ele estuda no horário da tarde e ficava animado de ir à escola. Ontem, ao buscá-lo no ponto de ônibus em que o especial para, vi que tinha uma sacola amarrada na mochila, andei alguns metros e fui reparar que era cocô. Andei mais apressada e, ao chegar em casa, liguei para a escola. Essa auxiliar de sala que atendeu e disse que tinha mandado a sacola porque não tinha luvas e papel lá. Também disse que não era obrigação dela pegar o cocô", explicou a autônoma Stefane Leite da Silva, de 24 anos.

Ainda conforme Stefane, ela não sabe o nome da funcionária e, na manhã desta quinta-feira (25), está na porta do Cemei com uma viatura da Polícia Militar e a direção da creche.

"Ontem, ele só chorava e pedia para tomar banho. Ele dizia: 'a tia brigou'. Um dia anterior mandei um bilhete para a escola porque ele voltou para casa todo arranhado. Meu filho não quer mais estudar aqui. Pretendo procurar a Justiça porque não se pode fazer isso com uma criança", desabafou a mãe. A funcionária não foi encontrada para passar a versão dela dos fatos.

RESPOSTA

A Secretaria de Educação de Montes Claros esclareceu, por meio de nota, que, ao final do turno escolar, a criança fez suas necessidades fisiológicas na própria roupa. "Devido ao avançado da hora, e para que o aluno não perdesse o transporte escolar, a auxiliar fez a higiene da criança, deu banho e colocou sua cuequinha, ainda suja, em uma sacola, e a amarrou na mochila, já que era o que poderia ser feito naquele momento", informou.

Ainda de acordo com a secretaria, a diretora do educandário já se reuniu com a mãe da criança e prestou, pessoalmente, as explicações sobre o ocorrido. "Também destaca que a auxiliar em questão tem uma longa experiência de trabalho naquela escola e que contra ela não existem outras reclamações", informou.