Entidades rurais se unem em prol da Paz no Campo

Após os constantes conflitos e atos de violência, no Norte de Minas, a Sociedade Rural e o Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros se posicionaram sobre o assunto e em nota afirmam que "exigem paz e convocam toda a população para ajudar e estar atenta a estes acontecimentos".
Para o presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, José Luiz Veloso Maia, os atos violentos são medidas inspiradas e fomentadas por movimentos sociais ideológicos, dos mais variados níveis de estratégias de ação incomuns.
"Iniciativas articuladas para estremecer e perseguir o agronegócio estão por todo Norte de Minas. Por isso, pedimos a união dos agricultores para que possamos defender nossos direitos e nossas propriedades de perseguições ideológicas que se faz com quem produz, planta e cuida do campo. Exigimos uma atitude firme do Estado quanto ao tratamento das invasões na região. Não queremos violência, queremos paz e nossos direitos respeitados", afirma.
As instituições foram firmes ao repudiarem os atos de violência.
"Ninguém quer guerra e sim paz. Mas não podemos nos calar frente ao estado aterrorizante instalado no Norte de Minas. Quem está por trás disso? Quem coordena esta desordem? Não aprovamos agressões, mas não podemos permanecer inertes a um movimento político de apoio ao fortalecimento de um exército invasor, que tem único objetivo de mostrar força e trazer a desordem e o caos no campo. Sabemos que esses assentamentos não são produtivos, muito pelo contrário, trazem prejuízos para os cofres públicos e, acima de tudo, terras conseguidas passando por cima do direito de propriedade", garante José Moacyr Basso, diretor da Sociedade Rural.
Para a Rural, o abuso tem sido cada vez mais constante nas fazendas norte-mineiras e interfere na economia do país.
"Os prejuízos são imensuráveis. Já não temos água e ainda esse novo inimigo que a qualquer momento pode bater à nossa "porteira". O agronegócio continua sendo o maior gerador de dividendos e devemos mobilizar toda comunidade para voltar os olhos para o setor, sobretudo em defesa da propriedade privada e da livre iniciativa", finaliza o presidente da Sociedade Rural.
Além disso, o diretor da Rural, Antônio Soares Dias, acredita que há uma inversão de valores que na sociedade.
"O Estado tem a obrigação de defender a propriedade privada em vez de acobertar invasores que vivem à margem da lei. Para evitar outros conflitos e garantir a paz no campo para que todas as famílias ordeiras sejam respeitadas", encerra.
Já o Sindicato Rural defende as leis brasileiras e que o Direito de Propriedade seja respeitado.
"Se algum movimento ou grupo julgar que alguma terra não é produtiva, que solicite aos órgãos competentes que seja feita uma reforma agrária. Depois de decretada a desapropriação e pago o valor justo pela propriedade, que ela seja passada aos reivindicantes, para que comecem a trabalhar na área. Precisamos nos unir para alcançar a paz no campo. Já basta de violência contra o produtor rural, que gera renda, emprego, e dá sustento ao povo brasileiro", pontua o presidente do Sindicato Rural de Montes Claros, Ricardo Laughton.