OPERAÇÃO CONEXÃO

20/03/2018

Quadrilha comprava droga do
Paraguai e revendia em Montes Claros

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), braço de investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas, que comprava maconha na divisa do Brasil com o Paraguai para vender o produto ilícito em Montes Claros.

De acordo com informações do Ministério Público, casas de seis acusados de participar da quadrilha foram alvo de busca e apreensão nesta terça-feira (20). Alguns dos apontados como criminosos pelo MPMG, inclusive, estão presos em Montes Claros. Porém, o presídio não foi suficiente para fazer com que eles parassem de cometer crimes.

As investigações apontaram que o tráfico de maconha era realizado em dois bairros da cidade: Santos Reis e Vila São Francisco de Assis. Eles se uniram e começaram a cometer o crime de forma "organizada" e também de "forma estável", segundo o MPMG.

Seis mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Dois suspeitos continuam foragidos. De acordo com a Polícia Militar, uma mulher também foi conduzida à delegacia por tentar avisar um dos suspeitos da chegada da polícia no bairro.

Foram presos na Operação Conexão os suspeitos Wanderson de Aguiar Ferreira, de 29 anos; Marcos Felipe Souza Araújo, conhecido pela alcunha de "Aninha", 24; Marcello Azevêdo Guimarães, vulgo "Doutor", 44, e Leonardo Ferreira de Araújo, de 28. Eles residem nos bairros Cidade Cristo Rei, Vila São Francisco de Assis, Santos Reis e José Carlos Vale de Lima, em Montes Claros.

Segundo o GAECO, a quadrilha era monitorada há um ano e é composta por nove pessoas, sendo que três delas foram presas em operação anterior, realizada no mês de dezembro de 2017. No momento das prisões não foram encontrados materiais ilícitos.

CAMINHO DA DROGA

A droga foi comprada, segundo a investigação, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A maconha era proveniente do Paraguai, um dos principais produtores de drogas na América do Sul - ao lado de Colômbia, Peru e Bolívia.

De Ponta Porã, a droga seguia para São Paulo, capital. Após a chegada da droga em São Paulo, um integrante da quadrilha, segundo o MPMG, buscava o produto ilícito para revender aos usuários em Montes Claros.

Investigadores conseguiram flagrar como funciona a compra e venda de drogas. Em uma das negociações, os investigados compraram 50 kg de maconha por R$ 600 o quilo, o que totaliza R$ 30 mil. A droga foi levada de São Paulo para Montes Claros por meio de uma viagem em ônibus.

Os investigados não têm ocupação lícita e se dedicavam, de acordo com o MPMG, exclusivamente ao tráfico de drogas. "O GAECO informou que continuará priorizando o combate ao tráfico de drogas em Montes Claros e região, a fim de colocar em níveis toleráveis os índices de criminalidade derivada do narcotráfico e garantir tranquilidade à população", diz em nota.

DEFESA

Durante a operação, policiais descobriram que um dos suspeitos havia recebido uma mensagem, de uma mulher em seu celular, avisando da chegada dos militares. O fato foi narrado no Boletim de Ocorrência (BO) entregue na Delegacia de Plantão.

Segundo advogado de um dos suspeitos, o fato da Polícia Militar ter violado o Artigo 5º, X e Xll da Constituição, o qual trata do sigilo de correspondência, dados e comunicações telefônicas, pode acarretar a retirada da prova dos autos do processo. Ainda segundo o advogado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em várias decisões recentes, tem entendido que é prova ilícita olhar o telefone de alguém sem autorização judicial.

© 2018 Rogeriano Cardoso. Zap: 99117-2042 - Email: rondacidade@gmail.com
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